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Como a Cosan desenvolve seu relatório de sustentabilidade

Como a Cosan desenvolve seu relatório de sustentabilidade

Você já deve ter visto uma série de empresas divulgando em suas redes os seus relatórios de sustentabilidade, aqui na Cosan não é diferente, mas você sabe como acontece esse processo?

O relatório de sustentabilidade é um produto editorial que empresas utilizam para relatar seu desempenho nas esferas ambiental, social e econômica. O público que se espera atingir é tanto externo (acionistas, clientes, parceiros comerciais, governos, mídias e organizações da sociedade civil) quanto interno (colaboradores).

Neste artigo, vamos te explicar mais sobre a estruturação de um relatório de sustentabilidade e também falar das nossas práticas mais atuais. Para isso, convidamos dois especialistas da Cosan na área de ESG: André Tuon e Laiane dos Santos.

Uma ótima leitura!

O que é um relatório de sustentabilidade?

O relatório de sustentabilidade é uma ferramenta de comunicação institucional, de gestão de negócios e de prestação de contas. Antigamente, ele era um objeto mais voltado à divulgação em relação às atividades socioambientais das empresas, e sem muita conexão com o modelo de negócio.

Hoje, esse documento guia muitas das ações de negócio e é um instrumento a ser revisitado constantemente para garantir a eficácia de toda a operação. Com esse novo nível de importância, precisamos estabelecer as responsabilidades, as equipes e os parceiros que nos apoiam em todo o processo de construção, para que o relatório fique completo.

O ponto de partida é verificar a necessidade da revisão da nossa matriz de materialidade, a fim de confirmar que o relatório atende às principais expectativas dos nossos públicos de interesse (stakeholders). Essa revisão inicial é fundamental para conferir se seguimos abordando os principais indicadores que correspondem às expectativas dos públicos.

Além disso, utilizamos padrões internacionais que estabelecem princípios para a construção do relatório, como: 

  • Exatidão
  • Equilíbrio 
  • Clareza
  • Comparabilidade
  • Completude
  • Contexto da sustentabilidade
  • Tempestividade 
  • Verificabilidade

Esses pontos são fundamentais e fazem parte da metodologia utilizada, do GRI – Global Reporting Initiative.  

Matriz de materialidade

Item indispensável para um relatório de sustentabilidade, a matriz de materialidade é o método utilizado para hierarquizar os temas mais importantes das atividades de uma companhia. Em 2023, realizamos uma validação de nossa própria matriz. 

Através do apoio de uma consultoria especializada, ouvimos diversos públicos, por meio de quase 40 entrevistas (com especialistas, colaboradores, lideranças, ONGs, investidores, bancos e negócios do grupo).

Além disso, foi realizada uma pesquisa de tendências e revisão dos principais protocolos, frameworks, índices, ratings e publicações que estejam de alguma forma influenciando os setores no qual a Cosan está inserida. 

Como resultado tivemos uma nova matriz, com 5 temas de destaque: 

  1. Governança Corporativa e Transparência
  2. Mudanças Climáticas
  3. Diversidade, Equidade e Inclusão
  4. Impacto Social Positivo
  5. Segurança das Pessoas

Uma vez estabelecidos e aprovados os temas, utilizamos a relação de indicadores GRI para traduzir o desempenho de cada um desses pilares. A lista completa encontra-se no “Sumário GRI” em nosso relatório. 

Como montar um relatório de sustentabilidade

O relatório de sustentabilidade, portanto, começa com a definição dos públicos de interesse/stakeholders. Depois disso, há a construção da Matriz de Materialidade dos indicadores, a escolha dos times internos e parceiros que irão auxiliar na coleta de informações, consultoria de apoio, construção do texto, diagramação, processo de asseguração e validação com as lideranças responsáveis.

Após pronto, uma etapa importante no ciclo de publicação do relatório de sustentabilidade é o plano de divulgação a ser executado, que pode ser por meio de eventos, online, ou até mesmo com versões pocket resumidas.

Relatório de sustentabilidade da Cosan

O relatório de sustentabilidade da Cosan tem suas peculiaridades. Por sermos uma holding, precisamos coletar informações com os negócios do portfólio e sintetizar de uma maneira que não percamos as características e identidade da própria Cosan. 

Um desafio novo deste ciclo foi tentar alinhar a publicação do nosso relatório após a maioria das nossas empresas fazerem o seu próprio. Assim, não tiramos o protagonismo das informações que eles mesmos transmitem para o mercado. 

Ainda por se tratar de um relatório construído pela Cosan, mas que utiliza o desempenho das marcas, temos um número considerável de equipes envolvidas. Tanto para a coleta quanto para as validações de informações. 

Praticamente todas as áreas da holding estão de alguma forma envolvidas. A coordenação do projeto é feita pelas equipes de ESG e de Comunicação Externa, mas conta com grande apoio de Relação com os Investidores, times Jurídicos, Cultura e Gente, Diversidade, Financeiro, Segurança e Tecnologia de Informação, entre outros. 

Já nas empresas do grupo, acionamos as equipes também de sustentabilidade e comunicação, que coletam informações e realizam as conferências de texto. Além disso, as lideranças da Cosan e dos negócios (Raízen, Moove, Rumo e Compass) nos apoiam para validar o material. 

Na Cosan, utilizamos ferramentas de parceiros para que a coleta de informações seja feita de forma sistematizada e que possam contribuir com a rastreabilidade dos nossos dados. Os softwares são atribuídos ao perfil dos responsáveis e pontos focais das áreas que precisam fornecer as informações. 

Nossa equipe tem experiência com as metodologias que são necessárias para construir um Relatório Anual e Sustentabilidade, principalmente sobre os requisitos do Global Reporting Initiative, Relato Integrado e SASB – Sustainability Accounting Standards Board. 

Porém, contamos com auxílio de consultorias parceiras especializadas nestes frameworks e que estão constantemente atualizadas e capacitadas para atender e construir o relatório.

Sobre a divulgação

É com o apoio dos times de Comunicação Interna e Externa que construímos um planejamento de divulgação do material. Dessa forma, miramos o máximo de impacto aos públicos interessados em nosso relatório, nas mais diferentes plataformas. 

Também contamos com o apoio do time de Relação com Investidores (RI) para ‘espalhar’ a notícia via mailing de pessoas cadastradas em nosso portal. Para o público interno, marcamos o momento organizando um café da manhã de lançamento. 

Essa é uma oportunidade para confraternizar e comemorar a divulgação, afinal, todos contribuem com o desempenho dos indicadores, implementação da estratégia da evolução dos temas materiais.

A quem chega o relatório e onde acessar?

O primeiro passo é disponibilizar no site e registrá-lo junto a CVM – Comissão de Valores Mobiliários, para que as pessoas possam ter total acessibilidade. 

Após esta publicação, realizamos o plano de comunicação relatado na sessão anterior. Por sermos signatários do Pacto Global, nosso relatório é anexado na página da Global Compact/ONU, demonstrando como estamos atuando frente aos princípios assumidos.

O relatório de sustentabilidade vira um material de consulta e registro para todo o período seguinte, em que anexamos como referência e evidência em campanhas, ou em resposta a diversos índices e ratings de mercado. 

Quem aprova o relatório?

São diversas instâncias de aprovação. A cada etapa que evoluímos nas versões de texto do relatório e incluímos as informações coletadas com as áreas, realizamos uma nova “rodada de aprovação”. Sempre escalando os níveis de hierarquia da companhia. 

Nossa última versão é aprovada pela alta liderança da Cosan. 

Além disso, realizamos o processo de asseguração limitada, em que uma empresa certificada e contratada (terceira parte), realiza a verificação de uma amostragem dos indicadores para a garantia da confiabilidade e da aderência às metodologias aplicadas. 

O que alcançamos com o relatório de sustentabilidade

Com o relatório publicado, criamos um registro importante da atuação do negócio. Ele é uma fotografia sobre o desempenho de sustentabilidade da empresa para aquele período e contexto. 

Ao longo dos anos e publicações, é possível que qualquer pessoa ou parte interessada consiga entender a trajetória da empresa e um pouco da perspectiva de futuro. 

O relatório funciona como um material de transparência e apoio para que stakeholders possam utilizá-lo como critério para tomada de decisão. Por exemplo: Agências de Ratings podem atribuir notas de desempenho em sustentabilidade e “ranquear” ou listar a empresa e influenciar investidores. 

Além disso, impacta potenciais clientes a tomar a decisão de comprar ou não produtos ou serviços daquela empresa. Em termos de marca empregadora, o relatório auxilia novos talentos a conectar sua jornada e propósito às visões da companhia. 

Percepção do time ESG

O time ESG, ao construir o relatório, passa por um rico processo de conhecimento da empresa, dos indicadores, de conexões e relacionamento com muitas áreas da organização e até fora dela. 

É uma dinâmica interessante. O/A profissional de ESG não é o “dona/o” de nenhum tema em específico. Cabe a(o) profissional, analisar diversos dados que conectam o negócio às melhores práticas socioambientais e de governança corporativa, para mapear riscos, potencializar oportunidades, aumentar a credibilidade e transparência das atividades e iniciativas das organizações. 

Atuar nesta área é apoiar e impulsionar as principais temáticas e induzir a melhoria contínua. O time ESG tem a oportunidade de criar pontes entre diversas áreas para conseguir gerar valor para o negócio, com máximo respeito à sociedade, às pessoas e ao uso responsável dos recursos naturais.

Clique aqui para saber mais sobre o relatório e demais ações de sustentabilidade da Cosan

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