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Gerente Jurídica da Cosan fala sobre liderança feminina

A liderança feminina é cada dia mais valorizada nos diversos espaços e corporações do mundo todo. Fruto da história de luta das mulheres, essa busca é por um quadro nas empresas, em todos os níveis de liderança, que represente a sociedade como ela é. 

A responsabilidade por essa equidade não é das mulheres, mas de toda a sociedade e das organizações. Contudo, sabemos que foi a mobilização feminina que possibilitou o crescimento de tantas delas em suas carreiras. 

Convidamos uma líder dentro da Cosan, a Gerente Jurídica Marcela Bruno Coelho, para contribuir com dicas a partir de suas vivências profissionais para que mais mulheres tenham a ascensão de carreira que desejam. 

Liderança feminina: trajetória e desafios 

Toda mulher que trabalha para alcançar a liderança sabe que infelizmente terá que bater de frente com as barreiras estatísticas. Segundo o IBGE, no Brasil 37,4% das cadeiras de gerência foram ocupadas por mulheres, em 2019. Três anos depois, um estudo recente da Ibre/FGV mostrou que no quarto trimestre de 2022 esse número subiu para 39,2%.

Ainda não temos 40% de mulheres no cargo de maior rendimento por hora trabalhada no país. Ainda assim, mulheres estão conquistando esses espaços, como é o caso da Marcela.

Ela conta que a sua trajetória foi de muito aprendizado e reconhecimento, mas também de trabalho duro. Após cinco anos em um escritório de advocacia em São Paulo, Marcela migrou para o mundo corporativo e chegou na Cosan.

“A Cosan apareceu por acaso na minha carreira e se tornou minha segunda casa. Comecei como advogada jr. e hoje, depois de sete anos, estou satisfeita por ter chegado à gerência, fazendo o que eu gosto.”

Marcela faz parte das brasileiras que estão acima da média mundial no que diz respeito à liderança feminina. A pesquisa Woman in Business da Grant Thornton traz um balanço entre as diferenças de posições e mostra que as CFO (Chefes do Setor Financeiro) já representam 47% do total no país. 

Contudo, o ponto alto dos negócios é o muro a se derrubar, sendo apenas 4%o número de sócias de grandes empresas no Brasil. Uma média que se mantém estável – não sobe nem desce – por três anos. 

“O principal desafio é se manter segura, confiante e firme em suas decisões e posicionamentos em um ambiente que muitas vezes é masculino.”

Marcela diz que mulheres lidam todos os dias com contrapartes masculinas, em diversos setores, não apenas no ambiente corporativo. Uma maneira de ilustrar isso são os dados do Relatório de Desigualdade Econômica de Gênero 2021, do Fórum Econômico Mundial (WEF): 135 anos é a estimativa para equilibrar a participação de homens e mulheres na economia, na política e na educação.

Em diversos ambientes decisórios, portanto, é prováve que as mulheres se deparem com uma maioria de homens – uns respeitosos, outros nem tanto.

“Nessa hora, é preciso manter a calma, mas também a firmeza, e não se abalar ou se sentir inferior. É preciso se posicionar, com quem quer que seja, mantendo o respeito para exigir que o mesmo seja oferecido para você” – completa Marcela. 

Um estudo da Bain & Company com o LinkedIn aponta que 22% das mulheres estão mais propensas a ter a confiança minada para participar ou ter sucesso em tarefas de alto nível decisório. 

Perguntada sobre como lidar com isso, Marcela disse que felizmente viveu poucas situações de misoginia na carreira. Ainda assim, ela defende o autoconhecimento e a posição firme como as duas principais soluções:

“É preciso reunir uma força interior e insistir. E, quando der certo, isso vai encher você de coragem para fazer novamente. Eu tive algumas situações em que tive essa insegurança, mas eu decidi que, em caso de ‘medo’, deveria seguir com medo mesmo. Até hoje, deu certo.”

Na rotina: falando sobre gênero no trabalho

Valores e crenças são um diferencial para as pessoas escolherem um local de trabalho. Pelo menos é o que afirmam 58% das pessoas entrevistadas na pesquisa global Edelman Trust Barometer

Sendo assim, é natural que colaboradores e colaboradoras tenham anseio de conversar abertamente sobre os seus temas de maior interesse no ambiente profissional. Levamos à Marcela a seguinte pergunta: você conversa com suas pares sobre questões de gênero?

“Acho que talvez conversemos pouco, pois felizmente na minha geração as mulheres estão cada vez mais presentes e já tivemos muita evolução – ainda, é claro, longe do patamar ideal. Diria que a minha geração está começando a ‘surfar uma onda’ que foi criada por mulheres que nos antecederam. Precisamos cada vez mais garantir que esse movimento se mantenha e cresça.”

Por que mais mulheres na liderança? 

O ambiente corporativo deve ser um reflexo da sociedade. Mulheres devem estar em todos os lugares, assim como todas as outras pessoas, de qualquer grupo. 

A diversidade de pensamento e conduta oferecida por mulheres é valiosa por si só e, quando isso está presente na liderança, eleva o nível das discussões para a tomada de qualquer decisão.

Já há alguns anos sabemos que as empresas com maior diversidade racial e de gênero são mais lucrativas e inovadoras do que aquelas que não são, como sugere um estudo da McKinsey. Afinal, pessoas diferentes ajudam a enxergar o mundo e as possibilidades de forma diferente.

Portanto, seja por fatores políticos e socioculturais, seja pelos resultados do negócio, a ascensão profissional das mulheres interessa a todos. 

Liderança feminina como inspiração

Não faltaram inspirações no caminho da Gerente Jurídica da Cosan. Ela cita as mulheres que dia após dia trabalham com dedicação para gerar grandes resultados:

Maria Rita Drummond. Excelente advogada, ela tem uma cultura infinita e me inspira todos os dias, profissional e pessoalmente. Ana Clara Correa. Atualmente na diretoria da Raízen, ela é muito forte, séria e comprometida, excelente pessoa e profissional. Renata Cardoso. Sócia do Lefosse advogados e minha ex-chefe, ela é destaque em seu campo e muito competente. Nathiê Luz. Jurídico da Amazon e minha primeira chefe, ela me ensinou muito mesmo sendo jovem na época – de lá pra cá se desenvolveu consistentemente.”

Todas as citadas, segundo Marcela, foram muito generosas com ela e  contribuíram muito para o seu crescimento. 

-> E você, leitor e leitora, em quais mulheres se inspira?

Por fim, é importante contar com todos os aliados possíveis nessa jornada. Homens podem rever seus comportamentos e estimular seus pares a apoiar as colegas. Mulheres que ascendem devem continuar incentivando outras para que também possam crescer, pois, como conclui Marcela Coelho: “eu sou prova de que isso faz toda a diferença.”

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